Vigília a 17 de novembro para exigir melhor saúde na região

Vigília a 17 de novembro para exigir melhor saúde na região

O Fórum Intermunicipal da Saúde promove, a 17 de novembro, entre as 19h00 e as 00h00, uma vigília junto ao Hospital de São Bernardo, em Setúbal, para dar voz às populações da área de influência do Centro Hospitalar de Setúbal e às/aos representantes do Poder Local, exigindo o reforço do serviço de Urgências e, de modo geral, do Serviço Nacional de Saúde.

A realização desta ação pública resultou da última reunião deste Fórum, a 24 de outubro, por iniciativa dos presidentes dos três municípios da Arrábida – Palmela, Sesimbra e Setúbal – e participada por comissões de utentes, profissionais do setor e populares. Na ocasião, foi expressa a profunda preocupação face às dificuldades de funcionamento do Centro Hospitalar de Setúbal e à degradação generalizada da resposta prestada a milhares de utentes da região. Para mais de 5 mil doentes, já fora ultrapassado, em setembro, o prazo clinicamente recomendado para a cirurgia que lhes fora prescrita em 11 especialidades, e no final de 2022, para 10.401 doentes, já tinha sido ultrapassado o prazo para a realização da consulta que aguardavam em dez especialidades médicas.

Depois de, nas reuniões realizadas com o Ministro da Saúde no início do ano, ter sido garantido que a instabilidade verificada nos Serviços de Urgência Obstétrica e Pediátrica e em algumas das valências da Urgência Geral seria transitória e que estavam em curso medidas para reverter a situação, o que se afigurou como conjuntural tornou-se, afinal, recorrente e o encerramento programado de maternidades e urgências de obstetrícia é, já, admitido como definitivo pelos responsáveis da tutela.

Num momento em que o país assinala os 50 anos do 25 de Abril de 1974, o Fórum Intermunicipal da Saúde continua a exigir que o SNS, uma das maiores conquistas de Abril, seja dotado dos meios e recursos humanos e logísticos necessários para assegurar uma resposta de qualidade e manifesta todo o seu apoio às/aos profissionais de saúde na sua luta por melhores condições remuneratórias e de trabalho, determinantes para a motivação e disponibilidade de quem já está ao serviço, bem como para aumentar a capacidade de atração de novas/os profissionais para o setor público.

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