Ribeira da Salgueirinha – 2.ª fase avança até Quinta do Anjo

Ribeira da Salgueirinha – 2.ª fase avança até Quinta do Anjo

Com a primeira fase da empreitada de Regularização da Ribeira da Salgueirinha em conclusão, o Município de Palmela está já a trabalhar na segunda fase, que dará continuidade à intervenção no troço entre o Vale do Alecrim e Quinta do Anjo. A visita do Ministro do Ambiente e da Ação Climática às obras da Ribeira, em Pinhal Novo, no Dia Mundial do Ambiente, 5 de junho, confirmou o compromisso da tutela com esta obra, considerada estratégica pelo Fundo Ambiental, no âmbito da proteção de recursos hídricos. Na ocasião, Duarte Cordeiro referiu-se a este projeto como um bom exemplo de mitigação das alterações climáticas em Portugal.

Satisfeito com a perspetiva de dar continuidade a este grande objetivo e consciente do enorme desafio, o Presidente do Município recordou que a Regularização da Ribeira da Salgueirinha era reivindicada pelas populações e autarquias locais há quatro décadas, período em que acumulou elevados prejuízos para pessoas, bens e para os ecossistemas, e sublinhou a urgência na mudança de paradigma, no que ao ambiente diz respeito. Álvaro Amaro lembrou que o Município quer continuar a afirmar as múltiplas vocações do território e está envolvido em ações concretas para setores-chave, como a transição alimentar, a agricultura sustentável, a energia verde ou o ordenamento do território, enquadradas pelo Plano Metropolitano e, agora, pelo Plano Local de Adaptação às Alterações Climáticas, em construção.

Projeto inclui valorização da Lagoa da Brejoeira e Parque Municipal

A visita, que contou, também, com a Secretária-Geral do Ambiente, Alexandra Carvalho, e com a Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Teresa Almeida, privilegiou alguns dos pontos mais críticos do traçado da Ribeira em Pinhal Novo. A empreitada abrangeu cerca de cinco quilómetros entre o Vale do Alecrim e a foz, na Lagoa da Brejoeira, e um total de 12 atravessamentos hidráulicos. O investimento, superior a três milhões de euros e financiado em 85% pelo Fundo Ambiental e 15% pelo Município de Palmela – que assumiu, também, os projetos e o acompanhamento da obra, da responsabilidade da Administração Central - corrigiu e tratou o leito da Ribeira e aumentou a sua capacidade, para prevenir cheias e melhorar a sua sustentabilidade ambiental e enquadramento urbano.

A segunda fase traduz-se numa operação ainda mais complexa, numa extensão de 7,6 quilómetros, com custo estimado de cinco milhões e meio de euros e duração superior a quatro anos. Além de dar sequência à intervenção nas freguesias de Palmela e Quinta do Anjo, em direção à nascente, a nova empreitada inclui o tratamento da Lagoa da Brejoeira e a valorização da imagem urbana e paisagística da envolvente, promovendo a sua fruição pela população e visitantes, através da criação de um Parque Municipal, integrado no corredor ecológico da Área Metropolitana de Lisboa.