Os trabalhos de construção do atravessamento da Ribeira da Salgueirinha (AT2) sob a estrada nacional 252 recomeçaram. Esta intervenção esteve suspensa para definição e aprovação de materiais, por parte da Infraestruturas de Portugal (IP).
Concluída a passagem hidráulica, vão ser agora preenchidas as zonas laterais a essa estrutura (4 metros para cada lado) e feitas as duas lajes de transição. Em seguida, será feita a repavimentação daquele troço da estrada. Por determinação da IP e considerando, também, as boas regras de construção, nomeadamente, o tempo de cura do betão para obtenção de resistência total (28 dias), o conjunto dos trabalhos naquele local deverá prolongar-se por mais 60 dias.
Trata-se de uma intervenção muito complexa, pela sua dimensão, técnicas construtivas e porque depende de outras entidades para desvio de infraestruturas enterradas (eletricidade, gás, esgotos e comunicações), de postes de média tensão e licenciamento da obra. Acresce que as obras em geral, vivem momentos difíceis, com atrasos no fornecimento de materiais e falta de pessoal, agravados pela crise COVID-19. Entretanto, a obra está a decorrer noutras frentes de trabalho, encontrando-se executada em mais de 80%.
A empreitada, complexa, mas de grande mais-valia ambiental, abrange cerca de 5 quilómetros, 12 atravessamentos hidráulicos, com diversos métodos construtivos e depende de muitas entidades. Recorde-se, ainda, que a sua execução tem em conta os ciclos de reprodução das plantas e dos animais, possui acompanhamento arqueológico e implica o atravessamento de múltiplos obstáculos.
O Município está a desenvolver todos os esforços para acelerar, o mais possível, a obra, pedindo, desde já, desculpa pelos incómodos, na certeza de que estes serão compensados pelos benefícios, tendo em conta o atual contexto de alterações climáticas.
Esta intervenção, que requalificará a paisagem, irá prevenir inundações na vila de Pinhal Novo, contribuindo para a melhoria da segurança rodoviária; vai beneficiar o ecossistema, com um melhor funcionamento hidráulico e o aumento progressivo da fauna local e das plantas autóctones.